Hoje não estou muito contente. Estou, cada vez mais,  a tomar consciência de que quem me rodeia e eu, provavelmente, por contágio, nos estamos a tornar gente desapaixonada, morna, desinteressada... O que é que nos faz levantar de manhã da cama? O que é que nos motiva a trabalhar, estudar, ler, sorrir, fazer o que fazemos no nosso quotidiano? Porque é que fazemos o que fazemos e organizamos o nosso dia com cada rotina por mais pequena que seja? Qual é o centro da nossa vida?

Andamos muitas vezes tão acelerados que nem pensamos nestas coisas e elas acabam por aparecer no nosso ritmo sem haver razão, apenas porque sim. Porque sim para mim não chega. Não quero com isto dizer que ache positivo afundar-me em porquês de forma que já consiga mexer um dedo, de tal forma questione tudo, mas alguns destes porquês são questões importantes. Não me passa pela cabeça viver cada dia sem que sinta o sentido da minha vida. o sentido de ser pai, de ser professor, de ser cientista (ou projecto!), de ser filho, de ser homem, de ser FILHO! Isto, é claro que não se consegue sempre. A vida dá muitas voltas e nós nem sempre estamos preparados para o que nos vai acontecendo de bom e de menos bom. Lidar com tudo leva tempo de adaptação e de reacção mas quando sabemos onde estamos é muito mais fácil sabermos para onde temos de ir e como.

Viver não é fácil mas eu não acredito que estou aqui fara andar a flutuar ou a pairar levado pelas correntes ou pelas aragens. quero mesmo ir mais fundo, fincar os pés no chão e caminhar de forma a que os meus passos me levem de forma segura, sustentada, quente... Quero ser digno de ser chamado Filho. Mesmo que dê muitas cabeçadas pelo caminho. Importa-me mais não desistir do que tudo o resto, porque com as minhas limitações (inclusivé a limitação da compreensão que tenho de tudo isto que não é ainda a mais acertada concerteza) eu quero ver Deus. Centrar a minha vida na Fonte e Meta: Cristo. Ver como sou visto. Ser salvo. Quero ser e ajudar os que me rodeiam a serem também eles felizes! Tenho a certeza absoluta disso. Nada disto é fácil mas também sei que não é impossível...

Hoje não estou muito contente, mas continua a haver caminho para fazer independentemente disso... aqui vai... mais um passo!...

O princípio de qualquer coisa é de facto um momento delicado.. Tudo está em aberto, tudo são incógnitas, o mundo é uma tábua rasa... Isto muitas vezes torna-se razão para que baixemos os braços antes de algo ou, pelo menos que pensemos em desistir, mas isso não leva a lado nenhum. E quando pomos os pés na terra, a nossa história é uma colectânea de contos inacabados, de momentos interrompidos e de experiências que ficaram por viver. Dessas e desses vou tendo alguns mas não são regra. Sou curioso demais, sou teimoso demais... Quero sempre ver o que está depois de mais um passo, quero ouvir mais uma nota, quero ir mais, saber mais, mas acima de tudo ser mais... Não gosto de meias águas... Quero ser eu todo, mesmo que no processo parta o nariz em algum lado mais saliente onde a minha distracção ou asneira me leve. Sim, asneira, porque as minhas asneiras também são minhas.Não são "orgulhosamente" minhas! São minhas simplesmente, também fazem parte de mim e da minha história... Esta história que tenho escrito, em tudo apaixonadamente, que é minha mas que, agora, quero partilhar um pouco... Aqui, em algumas linhas que fôr escrevendo...

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